Primavera(s) de Deus

  • Explicação

    Maria, figura central da próxima Jornada Mundial da Juventude, é o primeiro sinal da Primavera de Deus, no inverno da humanidade. Como no-lo recorda o lema da JMJ, partiu “apressadamente”, porque essa Primavera, anunciada pelos profetas e ansiada pelo “povo que habitava nas trevas” (Mt 4, 16; Is 9,1) não podia mais ser adiada: tinha de contagiar outros, como mais tarde fará seu Filho Jesus, pelos caminhos da Palestina.

    Passados dois milénios, o inverno persiste (conflitos, desigualdades e injustiças). Porém, tampouco essa Primavera deixou de dar sinal de si, da sua presença atuante.

    Propomo-nos descobrir e conhecer “rostos jovens” de Deus. Jovens que foram Flores e frutos de fé, testemunhando a alegria e a paz dos filhos de Deus, em situações extremas de sofrimento ou na defesa da pureza; flores e frutos de esperança perseverante no longo inverno persecutório da fé, em tantos lugares do planeta e ao longo da história; flores e frutos de caridade que perfumaram a humanidade, na entrega das suas vidas pela dos outros, mais pobres ou vulneráveis da sociedade, em defesa da verdade e da justiça.

    São raparigas e rapazes de 4 continentes, dos séculos XX e XXI. Uns, cristãos desde o berço, outros, conversões extraordinárias, onde e quando menos era espectável. Todos morreram cedo, mas marcaram o seu tempo e seus conterrâneos, porque todos frutos maduros. Assim são as Primaveras de Deus.

    Desafiamos-vos, ao longo deste ano, a conviverem com eles: tomai-os como companheiros de vida cristã, mestres com quem aprender, amigos espirituais em quem colher inspiração e a quem orar, pois a maioria é venerável ou beatificada.

PRIMAVERA 41 - Alfie Lambe

ALFIE LAMBE nasce em 1932 na Irlanda.ALFIE LAMBE
Alfie (diminutivo de Alphonsus) é o oitavo filho de uma família de camponeses. Ama o campo, a caça, o futebol e a vida ao ar livre. Aos 16 anos convence o pai a deixá-lo entrar para a vida religiosa. “Queria fazer algo por Deus”.
Mas o noviciado em Dublin revela-se difícil para ele. Tímido e diferente dos outros, vive isolado refugiando-se nos livros, todos eles sobre Nossa Senhora. Por causa da saúde precária e das dificuldades no relacionamento com os outros, é julgado inapto para a vida religiosa.
Regressa a casa. Aí, dececionado, Alfie vive deprimido. Pouco depois, conhece o movimento da Legião de Maria: apostolado humilde e exigente, profundamente mariano e espírito de fraternidade. Inserido, sente-se rapidamente à vontade, renovado de entusiasmo e generosidade. Em poucas semanas, realiza que encontrou o seu caminho.

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PRIMAVERA 40 - Etty Hillesum

ETTY HILLESUM nasceu a 15 de Janeiro de 1914, nos Países Baixos.ETTY HILLESUM 1
Sua família é judaica, mas pouco inclinada à religião. Aos 18 anos de idade muda-se para Amesterdão, para estudar direito e línguas eslavas. Entretanto, na primavera de 1940, seu país é derrotado pelo exército nazi da Alemanha. Para muitos, é o princípio do fim. Para Etty, é o início de uma extraordinária transformação de vida.

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PRIMAVERA 39 - Jane Audrain

Em 1965, JANE AUDRAIN tem 17 anos.Jane Audrain Cópia
Aquando de um internamento, é-lhe diagnosticado um sarcoma ósseo. Único tratamento recomendado: amputação completa de uma perna, senão Jane está condenada.
Vale a pena conhecer a caminhada espiritual empreendida por esta jovem francesa, nascida em Nantes a 10 de Janeiro de 1948. Autoritária por temperamento, revela-se cheia de carácter, esperta, cheia de uma imaginação transbordante e artista dotada para o desenho. Embora muito tímida, cultiva a amizade. Desenvolve-se com o escutismo e dedica-se a escrever um diário, que será descoberto após sua morte.

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PRIMAVERA 38 - Chiara Corbella Petrillo

CHIARA CORBELLA PERTILLO nasce a 9 de janeiro de 1984, em Roma.CHIARA CORBELLA PETRILLO 2
Filha de uma família muito religiosa, cresce na fé, num grupo do Renovamento Carismático. Com 18 anos, durante uma peregrinação a Medjugorje, conhece aquele que virá a ser seu marido, Enrico, um jovem romano de 23 anos. Mas o namoro revela-se difícil. Os 6 anos de relação ficarão marcados por ruturas e momentos dolorosos. Será numa caminhada espiritual em Assis, orientada por franciscanos, que a reconciliação ocorrerá, através do pedido em casamento que Enrico lhe dirige. Tal processo preparou-os para o que se seguiu.

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PRIMAVERA 37 - Emmanuel de la Roncière

“O futuro incomoda-me. Tenho um temperamento inquieto, instável, a minha adolescência prolonga-se. EMMANUEL de la Ronciere CópiaIrá terminar aos 40 anos? Desejo que sim, para estar sempre insatisfeito (pois isso é um privilégio). Encaro a hipótese de ser artista, poeta, monge, filósofo, médico… O meu sonho era atingir a felicidade pela santidade.”
O rapaz que sonha com a santidade chama-se EMMANUEL DE LA RONCIÈRE. Nasceu a 25 de Março de 1954, em França e faleceu no dia 7 de Janeiro de 1975. É um jovem cheio de vida, turbulento, brincalhão, mas, no dizer dos pais, “adota cedo os valores mais fundamentais: sinceridade, pureza, renúncia à vulgaridade, ao tédio, sentido de generosidade e de oração”.

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PRIMAVERA 36 - Rosella Staltari

ROSELLA STALTARI nasce em 1951 numa região pobre da Itália. ROSELLA STALTARISeus pais são camponeses modestos, arruinados pelas inundações. Com apenas dois anos, perde a mãe e o pai, não podendo sustentá-la, entrega-a à avó. Mas também esta, confrontada à miséria, decide confiá-la a um orfanato cuidado por religiosas.
Junto destas, sofre da ausência de um verdadeiro lar. A assistente social classifica-a de “tímida e introvertida, sofrendo de uma carência e equilíbrio afetivos”. Demasiado numerosas, as crianças não usufruem de uma relação personalizada. Rosella ressente-se dessa carência relacional e do rígido e austero método educativo. Fecha-se nela própria. No entanto, e tal como ela própria reconhece, “o sofrimento fez-me amadurecer para além da minha idade”.

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PRIMAVERA 35 - Elena Spirgeviciute

Dois meses após a anexação do seu país, a Lituânia, pela União soviética, em Agosto de 1940, ELENA SPIRGEVICIUTEELENA SPIRGEVICIUTE inicia um diário. Sente que a sua vida está a mudar. Este não descreve apenas os acontecimentos da sua cidade de Kaunas durante esse período, mas revela também a evolução espiritual desta estudante, então com 16 anos.
Elena, abalada pelas circunstâncias que o seu país atravessa, confessa que atravessa uma crise: “Decidi ser uma boa católica, mas é difícil sem o socorro do Senhor, e sinto-me perdida… Desejo ser boa, não quero levar uma existência vazia, mas contribuir em algo de bom, ser útil.”
Tem consciência da sua fragilidade devido à sua extrema sensibilidade. Adolescente discreta, é estudiosa e agradável companhia, procurando concretizar o que escreveu como virtudes a praticar: “Honestidade, modéstia e inteligência”. Apesar do contexto opressor no seu país, não deixa de querer viver “bons momentos”, divertindo-se e dançando. Mas depressa tudo vai mudar.

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