Escrito por P. Serafim Reis em . Publicado em Lectio Divina.
REGRESSAR DIFERENTE
LECTIO DIVINA – Um Roteiro
0. Preparo-me Procuro um lugar adequado e uma boa posição corporal. Respiro lenta e suavemente. Silencio os pensamentos. Tomo consciência da presença de Deus, invocando o Espírito Santo.
1. O que diz o texto - Leio pausadamente Mt 2,1-12. - Sublinho e anoto o mais significativo. Vindos do Oriente, uns magos adoraram o “rei do judeus que acaba de nascer”. Enquanto isso, em Jerusalém, permanecem Herodes, alarmado, e os sábios, indiferentes.
ROSELLA STALTARI nasce em 1951 numa região pobre da Itália. Seus pais são camponeses modestos, arruinados pelas inundações. Com apenas dois anos, perde a mãe e o pai, não podendo sustentá-la, entrega-a à avó. Mas também esta, confrontada à miséria, decide confiá-la a um orfanato cuidado por religiosas. Junto destas, sofre da ausência de um verdadeiro lar. A assistente social classifica-a de “tímida e introvertida, sofrendo de uma carência e equilíbrio afetivos”. Demasiado numerosas, as crianças não usufruem de uma relação personalizada. Rosella ressente-se dessa carência relacional e do rígido e austero método educativo. Fecha-se nela própria. No entanto, e tal como ela própria reconhece, “o sofrimento fez-me amadurecer para além da minha idade”.
Dois meses após a anexação do seu país, a Lituânia, pela União soviética, em Agosto de 1940, ELENA SPIRGEVICIUTE inicia um diário. Sente que a sua vida está a mudar. Este não descreve apenas os acontecimentos da sua cidade de Kaunas durante esse período, mas revela também a evolução espiritual desta estudante, então com 16 anos. Elena, abalada pelas circunstâncias que o seu país atravessa, confessa que atravessa uma crise: “Decidi ser uma boa católica, mas é difícil sem o socorro do Senhor, e sinto-me perdida… Desejo ser boa, não quero levar uma existência vazia, mas contribuir em algo de bom, ser útil.” Tem consciência da sua fragilidade devido à sua extrema sensibilidade. Adolescente discreta, é estudiosa e agradável companhia, procurando concretizar o que escreveu como virtudes a praticar: “Honestidade, modéstia e inteligência”. Apesar do contexto opressor no seu país, não deixa de querer viver “bons momentos”, divertindo-se e dançando. Mas depressa tudo vai mudar.
Se alguém não tinha perfil para santo era LOJZE GRODZE. Filho ilegítimo (sem culpa própria, obviamente) é rejeitado pela mãe, que decide refazer a vida sem ele. É sua tia que aceitará tomar conta dele, embora deixado à margem, por ser a “vergonha da família”. Profundamente magoado pela privação de afeto e atenção, endurece-se, torna-se taciturno e teimoso, um “verdadeiro selvagem”. Isola-se, buscando refúgio nos bosques e campos da sua Eslovénia natal. Mas é na escola que encontrará libertação. Supera o complexo de inferioridade, sofrido até aí, revelando-se um excelente aluno. Descobre na leitura a sua paixão. Apesar de manter um feitio difícil, torna-se piedoso. Todos o admiram: “Era calmo, extraordinariamente sério e recolhido. Seus condiscípulos respeitam-no, sem ele nunca ter buscado impor-se a eles. O estudo interessava-o, de verdade. Sobressaia em todas as matérias, superando de longe seus colegas.”
FATHI BALADI, nascido em 1961, tem 13 anos quando rebenta a guerra civil no Líbano, seu país. Tal conflito perdurará 25 anos (até 1990), fazendo entre 120 a 150 mil vítimas. Ainda adolescente distinguia-se, no dizer do seu professor: “Era diferente. Busca incessantemente terminar suas tarefas escolares na perfeição. Queria saber. E após cada explicação, permanecia ainda insatisfeito. Pressentia nesse rapaz que desejava algo mais que os conhecimentos limitados das ciências humanas. Fathi Baladi possuía já a sede do Absoluto.”
A 30 de dezembro de 1934, era abatida MARIA DA LUZ CAMACHO, na sua igreja. Nos anos 1933-34, a perseguição contra a Igreja redobra de violência no México, depois de um breve abrandamento. A situação em certas regiões e na capital está em polvorosa. Garrido Canabal, ministro da Agricultura, rodeia-as de jovens revolucionários, chamados “Camisas vermelhas”. A maioria não tem sequer 20 anos. Incendeiam igrejas, assassinam padres, corrompem a juventude. Na manhã do domingo 30 de dezembro, corre o boato que os Camisas vermelhas dispõem-se a pôr fogo à igreja de Coyoacan. Sabendo disso, Mara da Luz, então com 27 anos, reveste o seu mais belo vestido, de seda verde com colarinho de cetim branco. Justifica-se dizendo: “Quando se trata de defender a realeza de Cristo, convém estarmos o melhor revestido possível!” Seguida da sua irmã, encaminha-se para a igreja. Enfrenta o líder dos revolucionários que a ameaça com a pistola, mas continua imperturbável até ao templo. É assim, a jovem Maria da Luz: determinada e destemida.
Escrito por P. Serafim Reis em . Publicado em Lectio Divina.
UM AMOR QUE SALVA… (n)este novo ano.
LECTIO DIVINA – Um Roteiro
0. Preparo-me Procuro um lugar adequado e uma boa posição corporal. Respiro lenta e suavemente. Silencio os pensamentos. Tomo consciência da presença de Deus, invocando o Espírito Santo.
1. O que diz o texto - Leio pausadamente Lc 2,16-21. - Sublinho e anoto o mais significativo. Diante do Menino, os pastores testemunham e louvam a Deus. Maria escuta e guarda tudo no coração. Fiel às ordens do anjo, oito dias depois, dará o nome de Jesus ao seu Filho.