Fazer da vida um remoinho do vento do Espírito, para levar todos à unidade, onde o centro é Cristo, foi o mote da homilia de Dom António Couto na celebração eucarística com a admissão entre os candidatos às ordens sacras dos seminaristas Tiago Machado e Eduardo Leal e a instituição no ministério laical de acólito do seminarista João Pereira.
Escrito por P. Serafim Reis em . Publicado em Lectio Divina.
UM AMOR TRANSBORDANTE
LECTIO DIVINA – Um Roteiro
0. Preparação Procuro um lugar adequado e uma boa posição corporal. Respiro lenta e suavemente. Silencio os pensamentos. Tomo consciência da presença de Deus, invocando o Espírito Santo.
1. Leitura Leio pausadamente o Evangelho Jo 3,16-18. - Imagino-me no lugar de Nicodemos. Jesus fala para mim. Tento alcançar a mensagem. O que significam a suas palavras? O que me fazem sentir? - Sublinho o importante; fixo o essencial.
Sou o Alexandre, tenho 24 anos, sou da Diocese de Viseu. Frequento o terceiro ano de formação no Seminário Interdiocesano de São José, em Braga. A minha entrada no seminário deu-se em setembro de 2017, após um ano de paragem depois do término do ensino secundário. Muitas foram as vivências e testemunhos que me deram “aquele empurrãozinho” para abraçar este novo desafio na minha vida. Entre as vivências, destaco as minhas duas experiências em Taizé, que me abriram horizontes numa nova perspetiva de simplicidade e de vivência comunitária.
Escrito por P. Serafim Reis em . Publicado em Lectio Divina.
O MELHOR DOM DE DEUS
LECTIO DIVINA – Um Roteiro
0. Preparação Procuro um lugar adequado e uma boa posição corporal. Respiro lenta e suavemente. Silencio os pensamentos. Tomo consciência da presença de Deus, invocando o Espírito Santo.
1. Leitura Leio pausadamente o Evangelho Jo 20,19-23. - Imagino-me presente, no lugar onde decorre o episódio. Sou um dos discípulos. Procuro entender os gestos e palavras de Jesus. Tento alcançar a mensagem. O que me diz e me faz sentir? - Sublinho o importante; fixo o essencial. Esta Palavra é-me dirigida.
Contar a história vocacional é desvelar a vida, pois é na realidade peculiar e naquilo que cada um é que o Senhor nos elege. Eu nasci e fui criado em Tó, aldeia do concelho de Mogadouro, no seio de uma família e de um contexto muito cristão. A minha mãe e os meus avós iniciaram-me nos valores do Evangelho e desde a tenra idade que sentia uma inclinação pelas “coisas” da Igreja, nomeadamente uma grande fascinação pelo meu pároco, António Fernandes, quando celebrava Eucaristia, na qual acolitava com muito entusiasmo.
Com a adolescência, passei a ter outros interesses, mas nunca deixei de ir à Eucaristia. Frequentei o ensino básico e secundário na escola de Mogadouro e, inicialmente, tinha a aspiração de ser professor de História, mais tarde de Matemática. No final do ensino secundário, tinha decido candidatar-me ao curso de Economia.
Chamo-me Tiago, tenho vinte e três anos, sou da paróquia de Santa Maria – Covilhã e frequento o terceiro ano do Seminário Maior.
Estudei na Covilhã, onde conclui o 12º ano, e tomei a decisão de entrar no ensino superior, num curso da área das Engenharias. Claramente longe de colocar a hipótese de entrar no Seminário, portanto de querer ser padre. Desde criança que sempre estive ligado à minha comunidade paroquial, onde frequentei a catequese e por meio de um convite do meu então pároco, entrei para o grupo de acólitos. Depois desse primeiro contacto, envolvi-me com maior entusiasmo nas atividades da paróquia onde também fui catequista, fiz parte de um grupo de jovens, entre outras tarefas. Foi uma forma de acompanhar mais de perto, aquilo que é o quotidiano de um pároco. Senti-me parte da vida ativa da paróquia, onde tive oportunidade de contactar com muitas pessoas e muitas realidades que contribuíram decisivamente para a decisão vocacional que viria a tomar.
Olá a todos, Como sabem este foi o meu último ano no Seminário Interdiocesano. Foram seis anos cheios de tudo: de alegrias, de conquistas, de crescimento, de amizades, mas também de esforço, cansaço, momentos de desânimo e de “noites escuras” (como diria a Santa Tresa de Calcutá). Olhando para trás, não posso afirmar que tudo foi azul… claro que também houve cinzentos. Mas tudo isso faz parte do caminho!
Quando em 2014 cheguei a Braga, tudo foi novo para mim. Quase “caí de para-quedas” no Seminário, ou talvez tenha mergulhado mesmo de cabeça num mundo diferente daquele que estava habituado. Foi ter de prescindir de muitas coisas: prescindir do tempo livre que geria como queria (vocação de S. Pedro), prescindir de estar com os amigos que tinha para passar a viver com (ao início) desconhecidos, prescindir de estar com a família e passar a sentir saudades de casa, prescindir do escutismo que era a menina dos meus olhos, prescindir de seguir uma vida universitária vulgar com tudo o que faz parte da vida académica (vocês sabem)… Sim, foi prescindir do vulgar para abraçar o diferente… Não vos arrependais, Ele supera isso tudo!