V Domingo Comum (A)

SER TEMPERO DE DEUS5 COMUM A 2

LECTIO DIVINA – Um Roteiro

0. Preparo-me
Procuro um lugar adequado e uma boa posição corporal. Respiro lenta e suavemente.
Silencio os pensamentos. Tomo consciência da presença de Deus, invocando o Espírito Santo.

1. O que diz o texto
- Leio pausadamente Mt 5, 13-16.
- Sublinho e anoto o mais significativo.

Jesus indica aos seus discípulos qual a sua missão: ser “sal da terra” e “luz do mundo”, sem desvirtuar, nem ocultar a força do Evangelho. O objetivo é dar glória a Deus Pai.

2. O que me diz Deus
- Que pensamentos e sentimentos despertam em mim neste episódio?
Esta passagem conclui o prelúdio do “Sermão da Montanha”, em Mateus. Após as Bem-aventuranças, o evangelista lembra as responsabilidades do crente: ser “sal da terra” e “luz do mundo”. É através das boas obras (as obras de misericórdia) que dou sabor ao mundo e me conservo fiel a Deus. É por elas que testemunho a minha fé e ligação a Cristo, verdadeira fonte dessa luz. Se Jesus é sal e luz da minha vida, vivendo as Bem-aventuranças, torno-me, também eu, sal e luz para os outros.

3. O que digo a Deus
- Partindo do que senti, dirijo-me a Deus, orando (de preferência com palavras minhas).
Senhor, esperas que eu seja “sal da terra”. O sal só tempera quando se dissolve em contacto com os alimentos. Assim queres que eu dê sabor ao mundo que habito: o meu lar, o meu bairro, o local de trabalho, todos os lugares que frequento… Porém, tantas vezes me acomodo, fechado no meu “saleiro”, com medo de ser “contaminado”. Mas para que servirei, se não dou testemunho de fé? É na prática da caridade que me queres “praticante”. Concede-me a ousadia de me dar.
Senhor, desafias-me a ser “luz do mundo”. A luz não existe para si mesma. Serve para iluminar o caminho por onde andar e resgatar das trevas as faltas de verdade, justiça e amor. Acreditar em Ti é acolher o teu Evangelho. Só há Boa Nova se esta brilhar diante de todos, através do que vivo, digo, penso e faço. Reconheço, em mim, a tentação de viver na sombra, para evitar críticas ou comentários alheios. Mas uma luz que não se expõe, extingue-se. Senhor, brilha em mim para que os outros Te glorifiquem.

4. O que a Palavra faz em mim
- Contemplo Deus, saboreando e agradecendo.
Senhor, não Te quero “asfixiar” em mim. Porque és o meu sal e minha luz, serei teu reflexo. Agradeço, louvo, contemplo e adoro.
Inspira-me o que esperas e mereces de mim. Apoiado em Ti, comprometo-me em algo oportuno e alcançável, crescendo na minha relação diária conTigo e com os outros.

PROVOCAÇÕES
- Estou demasiado cheio de mim para estar cheio de Deus?
- Quero viver na luz e tornar-me luz?
- O sal tanto dá sabor e conserva, como seca. Qual o efeito que produzo nos outros?
- A luz alumia, aquece; mas também queima e cega. Que luz eu sou?

UM PENSAMENTO
“Não devemos ser úteis apenas a nós próprios, mas a muitos outros.” (São João Crisóstomo)

UM DESAFIO
Pedir ao Espírito Santo a graça de refletir sua luz, dando sabor à vida dos outros.

UMA ORAÇÃO-POEMA

Não me desejas, Senhor
encerrado no meu saleiro,
a perder força, encolhido
mas temperado em salina
com sol, maresia e vento
liberto, e por Ti recolhido
tendo por salário Teu amor
e ser sabor de terra e vida.

Não me esperas, Senhor
sob um qualquer alqueire
asfixiando a luz, escondido
mas exposto em candelabro
radiante e incandescente
dando brilho ao bem, vivido
e, ao mundo, apresentar-Te
em braços amado e revelado.

UMA CANÇÃO
Kari Jobe – We are

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