XXVIII Domingo do Tempo Comum C
LECTIO DIVINA – Um Roteiro
Voltar para agradecer
“Ao ver-se curado, voltou atrás… e prostrou-se aos pés de Jesus, para Lhe agradecer.” (cf Lc 17, 11-19)
1. Silencio o meu interior.
- Invoco o Espírito Santo para que seja luz e guia na minha meditação, contemplação e adoração.
2. Releio pausadamente a passagem evangélica (Lc 17, 11-19).
- Penetro o texto, percebendo o que ele transmite, através das cenas, personagens e diálogos, como se fosse uma testemunha do momento.
- Procuro entender a mensagem e significado, hoje para mim. O que me diz, o que me faz sentir?
- Sublinho o importante; fixo o essencial. Esta Palavra é-me dirigida.
3. Reflito a importância que a fé e a gratidão têm para mim.
- Recordo as situações concretas da minha história em que me vi necessitado.
Que passos dei? Senti que podia encontrar em Deus consolo, força, ânimo, cura…?
Foram outros que me levaram? Encaminhei quem precisava para Ele?
Confio n’Ele o suficiente?
- Mesmo sem evidências ou resposta imediatas, sou capaz de caminhar, enfrentar os meus obstáculos, carregar a minha cruz pela fé?
Estou presente junto daqueles que vergam no seu caminho? Como posso ser eu, para eles, sinal da proximidade de Deus, resposta Sua às suas preces?
- Quando percebo que Deus intervém na minha existência, direta ou indiretamente, sou capaz de O reconhecer? Agradeço? A minha relação com Ele, transforma-se, tornando-se mais íntima e intensa? “Regresso” a Ele sempre com gratidão? Como posso expressar tal sentimento, na minha forma de ser, estar, trabalhar, sorrir…? Os outros percebem no meu testemunho que sou uma “pessoa salva”? Que me resta fazer para cada vez mais viver da gratidão?
4. Abandono-me nas mãos de Deus.
Peço-Lhe que me revele a sua vontade, o que espera de mim, qual a resposta que Ele merece de mim.
Peço, suplico, imploro, se necessário. A seu tempo Ele responderá. Confio.
Confio e agradeço, com palavras minhas.
Contemplo e adoro.
Confiando n’Ele, ouso comprometer-me em algo oportuno e alcançável, crescendo na minha relação diária com Ele e com os outros à minha volta.
UM PENSAMENTO
“A gratidão é a memória do coração”. (Antístenes)
PROVOCAÇÕES
- Eu que tão prontamente recorro a Deus, em tantas situações, faço da minha oração ação de graças?
- Quando sou beneficiário de graças, limito-me a “cumprir promessas” ou passo a viver com mais intimidade e intensidade a minha relação com Deus no quotidiano?
- Eu que nasci despido, vulnerável e morrerei sem nada levar, reconheço e agradeço tudo quanto recebo em vida?
- A minha relação com os outros é expressão de gratidão pelo que eles são para mim?
UM PROPÓSITO
Pedir a graça de ter um coração grato e de o expressar diante de Deus e dos outros.
UMA ORAÇÃO-POEMA
No caminho acontece encontro, contigo
Por te procurar desde a minha sede
E Tu, como nascente, te quereres dar.
Indigno, sinto-me com lepra… por dentro
Que me maldiz e me retém a distância.
Só com a voz te posso tocar. E grito:
“Jesus, Mestre, tem compaixão!”
É no caminho, contigo, que acontece cura
Mandaste-me ir… sem nada ver, nem ter
A não ser uma palavra tua, prenha de fé
E o pó da estrada purificou meu coração.
Só por querer crer, caindo, mas sem me deter
Curado, vi que o curador é mais que a cura
E que meu caminhar pedia rumo de gratidão.
Contigo, no caminho, acontece salvação.
Enviado, só a Ti posso regressar… sempre
E prostra-me – porque só Tu me elevas –
A teus pés... vencidas todas as distâncias.
Já não sou estrangeiro em terra estranha
Guardo em mim teu mandato: “Levanta!
Segue o teu caminho; a tua fé te salvou!”
UMA CANÇÃO
Jesus Army – Thank You
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