Experimentei a mão de Deus que me estava a guiar

ricardo martinsQuerendo saber mais sobre a experiência dos primeiros dias deste novo ano de um seminarista que já se encontrava inserido na comunidade do Seminário Interdiocesano, entrevistámos o seminarista Ricardo Martins, da Diocese de Bragança-Miranda, que frequenta o 4º ano.

 Fábio Pontífice - “Os discípulos ouviram a chamada de Jesus à amizade com Ele; foi um convite que não os forçou, propondo-se delicadamente à sua liberdade” (Cristus Vivit 153). Para iniciar queremos saber quais as motivações que te levaram a entrar no seminário? Qual a razão do teu querer seguir a Cristo desta forma? E qual o percurso que percorreste até chegares ao ponto onde te encontras?  

Ricardo MartinsNo final do 12ºano, sentia no meu interior uma grande vontade de mais, que me fazia pôr em causa todos os projetos que tinha. Estava confuso, mas ao mesmo tempo sentia uma grande consolação, experimentei a mão de Deus que me estava a guiar e indicar o caminho. Comecei então, a questionar-me sobre a possibilidade de ser sacerdote. Isto trazia-me uma grande paz e cada vez mais a certeza de que o Senhor me estava a chamar, e por isso decidi arriscar e vir para o seminário. No final do segundo ano, fiz a experiência de dois anos num mosteiro.

FP - Sabemos que estás no 4º ano do seminário maior e nesta tua nova etapa várias propostas te são postas à frente. Até este momento, quais foram os maiores desafios que o seminário te levou superar? E quais os novos propósitos que tens para este ano?  

 RMA vida comunitária, só por si, já é um grande desafio, uma aventura muito exigente! Mas para mim o mais belo é saber que nesta caminhada não vou sozinho... juntos caminhamos para o mesmo objetivo, cada um no seu ritmo. Somos todos diferentes e, por isso, o maior desafio é acolhermo-nos nas nossas fragilidades e qualidades. Para este ano, tenho o propósito de amar e servir a comunidade com todo o coração.

FPPedimos-te agora que nos fales do retiro anual que realizaste na primeira semana deste novo ano de seminário. Em traços gerais, o que é que este significou para ti? 

RMO retiro foi uma oportunidade de parar. Nele, pude rezar a ação de Deus até àquele momento na minha vida, mas também discernir o estado da minha caminhada. Foi um tempo de crescimento na intimidade com o Senhor, de escuta da Sua palavra. O retiro foi essencial para renovar a certeza de que ainda tenho muito para crescer, que não fui chamado pelo que sou, mas antes sou chamado a viver a radicalidade do seguimento. 

 

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