PRIMAVERA 21 - Margaret Sinclair
24 de novembro de 1925, MARGARET SINCLAIR falece com tuberculose.
Filha de um varredor municipal, tem uma infância feliz. A família é pobre, mas unida. Os numerosos filhos são educados com ternura. Frequenta a escola gratuita de religiosas. Aí revela-se uma criança tímida e sensível, mas muito viva e participativa na hora do recreio. “Deus não criou as crianças para brincar!?”, responde ela a uma religiosa que a acha demasiado turbulenta. Isso não a impede de ser aplicada nos estudos e piedosa na hora da missa.
Aos 14 anos entra no mundo do trabalho. Habilidosa, encontra facilmente trabalho, apesar da instabilidade e crise provocada pela I Guerra Mundial. Entretanto, sua vida de oração intensifica-se, conciliada com o trabalho laboral e em casa cuja responsabilidade assume, com a depressão da mãe.
Pressionada, assume um noivado que não a faz feliz, por falta de afinidade e sensibilidade religiosa. Corajosa, rompe o compromisso. O noivo dirá, mais tarde: “Esta rapariga fez de mim outro homem”. Amadurecida pela prova, Margaret reflete sobre seu futuro. É junto do Santíssimo Sacramento e na direção espiritual que procura discernimento. Decide tornar-se clarissa, em Londres.
Aí, em fevereiro de 1924, assume o nome religioso de Mary Francis. Dócil e tranquila, nada parece distingui-la das demais irmãs. Desprezada pela sua condição social e por ser escocesa, aceita, com humilde abnegação, críticas e provações. Professa no ano seguinte. Passadas poucas semanas, é-lhe diagnosticada tuberculose. Submete-se, sem queixas, aos difíceis tratamentos. Mostra-se amável e dócil com todos, e de uma paciência edificante. Após sua morte, seu diretor espiritual confirmou que esta jovem religiosa atingiu, em poucas semanas, um alto nível de contemplação, pela sua união íntima e permanente com Cristo.
A Igreja proclamou-a venerável.
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