PRIMAVERA 5 - Drafroza Nyirabahinde

Na noite de 9 de outubro, em 1977, o corpo de DAFROZA NYIRABAHINDEDAFROZA Cópia era encontrado inanimado, abandonado num descampado da capital, Kigali, no Ruanda. O diagnóstico hospitalar revelará tentativa de violação, não consumada. Tinha 21 anos.
Dafroza era diretora adjunta de uma Escola Familiar. Uma amiga sua afirmou, nessa ocasião: “Um sofrimento inexplicável se apoderou de nós. Sofrimento misturado com uma profunda alegria no Senhor, porque a nossa Dafroza se tornou, na sua morte, testemunha de Cristo”. Ela possuía um coração de criança. Estava sempre a sorrir. Deixava-se encantar com as coisas de Deus e as alegrias da vida.
Porém, o seu trágico fim pode levar-nos a perguntar: não teria sido mais sensato consentir em vez de recusar render-se ao seu agressor? Respeitando opiniões divergentes, não podemos deixar de considerar a opção de Dafroza. Daniel-Ange que a conheceu, no seu livro ‘Testemunho de vida’, responde: “Ter-se ia afastado do caminho que tinha traçado para si própria… Interiormente, é obvio que não seria mais a mesma”.
Mais ainda, “o mundo precisa de cristãos capazes de dizer NÃO à mentira, à impureza, ao roubo e a todas as desonestidades. (…) Não é cedendo à facilidade e pactuando com o mal que podemos tornar-nos sal da terra e luz do mundo, mas sim vivendo integralmente o nosso cristianismo. Dafroza soube fazê-lo, iluminada por Cristo, «sua luz», e impelida pela força do Espírito divino”.

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