PRIMAVERA 11 - Claire de Castelbajac
A 26 de outubro de 1953, nasceu CLAIRE de CASTELBAJAC.
Esta jovem só precisou de 21 anos para descobrir o caminho da felicidade dos filhos de Deus. A causa de beatificação foi introduzida em 1986, onze anos após a sua morte, ocorrida a 22 de Janeiro de 1975.
À primeira vista, sua vida nada tem de extraordinário. Cresceu e viveu na pacata região rural de Gers, na França, antes de iniciar estudos em Roma, em restauro artístico. De temperamento jovial, atenta às necessidades dos mais desfavorecidos, Claire iluminou seu caminho com uma fé desperta e uma alegria contagiante. Mas também teve as suas dificuldades: uma saúde frágil e um período romano conturbado, no seu início. Claire, para não perder o seu rumo, regressou à sua fonte: conhecer e dar a conhecer Deus.
É isso que a torna, para todos, um modelo atraente de santidade. É nas pequenas coisas do quotidiano, felizes e dolorosas, que nos encontramos de verdade com Deus e com os outros. Como qualquer jovem, Claire foi caminhando na descoberta de si própria, no confronto com os seus sonhos e tentações. Em ambos, soube dar primazia a Deus, testemunhando ao seu redor a felicidade de se sentir amada por Ele. Dizia ela: “Eu quereria dar felicidade a todos aqueles que aproximo e semear a alegria. A pequena Teresa (Sta. Teresinha) esperava chegar ao céu para fazer felizes. Eu, quero fazê-los na terra”.
Nessa busca da felicidade dos filhos de Deus, não se poupando a nenhum esforço e sacrifício, não admira que, poucos dias antes de falecer de uma doença fulminante, confessasse à sua mãe: “Sou tão feliz que, se morresse agora, creio que iria diretamente para o céu, uma vez que o céu é o louvor a Deus e eu já estou nele”.
Claire ensina-nos que nada nos deve afastar da presença de Deus. Mais: prova-nos que mesmo sujeitos às influências e circunstâncias do nosso tempo, com os seus desafios e tentações, a santidade é possível. Inclusive, pode e deve ser um projeto de vida, desejado e concretizado por cada cristão.
Uma singela oração, escrita ainda adolescente, revela a sua preocupação em corresponder à vontade de Deus: “Jesus, diz ao nosso Pai que O adoro e que propagarei a sua glória o mais que possa; diz à nossa Mãe o quanto me esforço por imitar a sua pureza e a sua bondade; diz também ao Espírito Santo que tem de me ajudar a querer-Te cada dia mais. Obrigada e até amanhã!”
Por fim, este seu dito resume bem seu final de vida: “No fundo, o Amor é o único sentimento digno de Deus. Converter todas as coisas em Amor supõe já uma grande dose de santidade.”
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