III domingo da Páscoa (B)

CONVOCADOS3 PASCOA B

LECTIO DIVINA – Um Roteiro

0. Preparo-me
Procuro um lugar adequado e uma boa posição corporal. Respiro lenta e suavemente.
Silencio os pensamentos. Tomo consciência da presença de Deus, invocando o Espírito Santo.

1. O que diz o texto
- Leio pausadamente Lc 24, 35-48.
- Sublinho e anoto o mais significativo.
O Ressuscitado volta a “apresentar-se no meio” dos discípulos. Estes oscilam entre a alegria, a dúvida e a inquietação. Jesus tranquiliza-os, convidando-os a comprovar e a entender sua “nova” presença. Assim os prepara para serem suas testemunhas.

2. O que me diz Deus
- Imagino-me testemunha dessa experiência do Ressuscitado. Que sinto?
Como os apóstolos, deixo-me influir pelas circunstâncias e acontecimentos. Acredito, porém vacilo diante dos obstáculos. Quero viver na alegria, contudo o medo assalta-me se meus planos forem revirados. Jesus quer reanimar a minha fé e deseja-me paz. Mas desafia-me a ser sua testemunha. A ressurreição não pede a minha admiração, antes adesão. Crer nela é vivê-la, por antecipação, impregnando meus gestos, palavras e escolhas dessa vida nova em mim. A Páscoa não se comemora. Vive-se!

3. O que digo a Deus
- Partindo do que senti, dirijo-me a Deus, orando (de preferência com palavras minhas).
Senhor, peço-Te: no meio das minhas tormentas, torna-Te presente. Venceste a morte para que nada me separasse de Ti. Deseja-me a paz. A tua paz. Pois, só assim vencerei medos e dúvidas.
Ressuscitaste. Porém, continuo a viver à sombra da morte. Então, recordo as marcas do teu amor, em tuas mãos e na minha história. A memória, fiel, cura a ferida passada e ilumina-me tanto o caminho presente como o horizonte futuro.
Como outrora, compartilha a nossa existência. Senta-Te à minha mesa. Dividirei conTigo o que preenche o prato dos meus dias. Pela minha parte, beberei do teu cálice, já sem receio. Seremos, Tu e eu, comunhão. Ela é tão necessária nestes tempos.
Alimentado da tua presença, fortalecido pela tua Palavra, saberei ser tua testemunha.

4. O que a Palavra faz em mim
- Contemplo Deus, saboreando e agradecendo.
Senhor, pedes-me que Te acolha. És Tu quem me abriga e pacifica. Tens fome de mim. És Tu quem me sacia e fortalece. Louvo-Te e agradeço. Contemplo-Te e adoro.
Inspira-me o que esperas e mereces de mim. Apoiado em Ti, comprometo-me em algo oportuno e alcançável, crescendo na minha relação diária conTigo e com os outros.

PROVOCAÇÕES
- Reconheço a presença de Deus no meu quotidiano?
- Identifico os meus medos? Como os venço?
- Disponho-me a ser testemunha da Ressurreição de Cristo? Como?

UM PENSAMENTO
“Tua fraqueza pertence ao Senhor; os outros esperam tua alegria.” (Francisco de Assis)

UM DESAFIO
Pedir ao Espírito Santo a graça de viver em modo pascal.

UMA ORAÇÃO-POEMA

Vem. Toma o meu centro
como a um Mestre convém.
Outrora deixaste o Céu
para palmilhar as escarpadas sendas
batidas do humano coração.
Embora desamparado,
não ousei sonhar nem pedir
que da morte retornasses.
Mas eis-Te, insurrecto
perante todo o mal,
em nova condição ressuscitado.
Vê, toca, comamos juntos – disseste,
que nada pedes senão comunhão.
Partilhaste minha existência.
Dás-me agora a tua, em partilha.
Extraíste-me do medo e da solidão
e só esperas que o testemunhe.

UMA CANÇÃO
For King & Country – Amen

 

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